2005-11-29

Nome de Toureiro, de Luís Sepúlveda
Edições Asa, 192 págs.

Quando me ofereceram este romance devo dizer que só pelo título assim como pelo autor (desconhecido por mim até à data) fiquei a pensar se valeria a pena a sua leitura. Entretanto fui até à web ver se encontrava alguma coisa relativa a este autor e nada.
Li o resumo na contra capa e pareceu-me ter uma história razoável e então decidi-me a começar a o ler. Para surpresa minha eis que a partir da página 15 fiquei interessado na história. Devo confessar que Luís Sepúveda é um excelente contador de histórias, tanto que quero ler mais obras dele. Neste titulo o único ponto “fraco” é algumas referencias à politica, facto que de nem de longe tira o verdadeiro interesse na obra, aliás são necessárias para entender todos os acontecimentos no romance.

Caído o muro de Berlim, dois personagens obscuros mas poderosos, com um passado político duvidoso, contratam, cada um por seu lado, dois "antigos combatentes", desempregados profissional e ideologicamente, para que partam em busca do tesouro roubado.Um, Belmonte, o que tem nome de toureiro, aceita o encargo por amor a Verónica; o outro, Frank Galinsky, aceita-o por um velho hábito de obediência militante cujo ideal é agora o de enriquecer "como todos os outros".Mas o tesouro ainda existe? Belmonte e Galinsky chegarão a enfrentar-se? Nos tempos implacáveis que são os nossos, vencerá o amor ou a cobiça? Com Nome de Toureiro, Luis Sepúlveda confirma-se como um admirável "contador de histórias".

2005-11-25

Um Crime no Expresso do Oriente, de Agatha Christie
Edições Asa, 226 págs

Até que enfim... Li um livro de Agatha Christie. À muito que já estava a pensar ler um livro desta autora. Devo confessar que agora precebo muito bem o porque de muitas pessoas a aclamarem como rainha do romance policial. Ainda que não seja a minha preferida....
Sendo este livro um dos melhores dela, segundo a crítica, e um dos melhores casos por resolver do peculiar detective Hercule Poirot, lá me deixei mergulhar numa leitura atenta ao longo de toda a obra. Ainda assim muito perdi da verdadeira magia da leitura deste livro, pois já havia visto o filme baseado na mesmo, filme que representa muito bem a obra (facto que não costuma acontecer).
Ao seguir o meticuloso interrogatório assim como o raciocínio do detective belga faz com que se pense no verdadeiro génio da autora ao escrever todo um enredo lógico, mas conservando a impossibilidade de resolução ao comum dos leitores até que bem lá no fim Hercule Poirot nos revela toda a verdade.
Após a descoberta de um passageiro assassinado... Poirot aceita o caso, aparentemente fácil, que acaba por se revelar um dos mais surpreendentes de toda a sua carreira. É que existem pistas (muitas!), existem suspeitos (muitos!), sendo que todos eles estão circunscritos ao universo dos passageiros da carruagem.Com a tensão a aumentar perigosamente, Poirot acaba por esclarecer o caso…de uma maneira a todos os títulos surpreendente!

2005-11-15

"Peço a um livro que crie em mim a necessidade que ele me traz."
(Jean Rostand)